Start-up cultiva hortas orgânicas urbanas em Mônaco

© MONTE-CARLO Société des Bains de Mer

No ano passado, a suíça Jessica Sbaraglia fundou a start-up Terre de Monaco, no principado europeu, voltada para a agricultura orgânica. O destino, com apenas 2 km2 de área, é um micro Estado que tem uma das mais elevadas densidades populacionais do planeta. A empreendedora, que reside desde 2010 no país, teve a ideia de criar um oásis verde nos tetos, sacadas e terraços dos imóveis do principado. Ela recorreu a uma plataforma de crowdfunding para financiar o seu projeto e em apenas dois meses alcançou a meta de 25 mil euros que precisava para dar início à empresa.

A primeira horta orgânica foi criada nos jardins da Fundação Albert II. Em 30 m2 foram plantados frutos e espécies regionais, como oliveiras, laranjeiras e violetas. Paralelamente, Jessica aprimorou o modelo de negócios da sua empresa e desenhou, por exemplo, hortas sob medida para áreas pequenas, que são mantidas mediante pagamento de uma anuidade fixa. Os serviços são oferecidos tanto para pessoas físicas que tenham uma pequena varanda e queiram construir um jardim de vegetais como para um restaurante ou um condomínio.

Após um ano, os resultados são excelentes: 1400 m2 de terra foram cultivados e o Terre de Monaco é um dos maiores empreendimentos agrícolas urbanos privados do mundo. Além da Fundação Albert II de Mônaco e do Hotel Monte-Carlo Bay, parceiros desde o início, a start-up trabalha com várias escolas e hotéis do principado. Para Marcel Ravin, chef estrelado que comanda o restaurante Blue Bay, do hotel Monte-Carlo Bay, a horta de Jessica deixou sua marca como uma fonte valiosa de produtos frescos e orgânicos, que são utilizados em suas receitas. As hortas são criadas respeitando-se os princípios de agricultura orgânica e permacultura e os produtos colhidos são destinados para consumo local de pessoas, restaurantes, mercados, etc.

Um detalhe que mostra o espírito constantemente inovador de Jessica foi a forma que ela pensou para a fertilização das hortas. Não há criação de gado em Mônaco, mas existe um programa de proteção às tartarugas no Museu Oceanográfico. Após a realização de análises, foi comprovado que o esterco destes animais tem qualidades comparáveis a dos carneiros. Assim, o esterco de tartarugas será utilizado para fertilização das plantações.

Para quem quer conhecer mais sobre a empresa, a Terre de Monaco dispõe de uma barraca na feira da praça Place d’Armes, às quartas e sextas-feiras. É uma ótima oportunidade para descobrir seus novos produtos, entre maços de legumes, temperos e microjardins plantados em caixas de vinho recicladas.

Uma ótima ideia para quem visita Mônaco é experimentar sua gastronomia, desde o mercado até restaurantes estrelados que utilizam produtos 100% orgânicos plantados nas hortas do principado.

 

Para mais informações, acesse www.terredemonaco.com.

Para saber mais sobre o destino, acesse www.visitemonaco.com.

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